A entidade recomendou aos deputados que rejeitem o projeto de lei que pretende criar imposto de 15% sobre a exportação de milho
Nesta quinta-feira (27), em nota, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), se manifestou contra o projeto de lei 2814/21, que pretende estabelecer um imposto de 15% sobre a exportação de milho até 31 de dezembro de 2022.
A autora da proposta, a deputada federal Soraya Manato (PSL), argumenta que a alta no preço do milho nos últimos anos tem levado muitos produtores a preferir o mercado externo, prejudicando o abastecimento nacional.
Em nota, a entidade diz que a parlamentar, que é da base do presidente Jair Bolsonaro (PL), “não leva em consideração a elevação dos custos de produção, principalmente dos fertilizantes e defensivos agrícolas, fato este que tem reduzido a rentabilidade dos produtores”.
Segundo a Aprosoja, “a proposta também desconsidera as perdas em razão da seca severa que atingiu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo, trazendo prejuízos enormes aos produtores e ao país”.
Contra impostos
Na mesma nota, a Aprosoja diz ser “contrária a taxação de qualquer produto primário, especialmente de milho e de soja”.
No texto, a entidade recomendou que os deputados das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania rejeitem a proposta.
“Ao invés de tributar os produtores, se debrucem sobre soluções para minimizar os prejuízos causados pela seca nas lavouras”, cobrou a entidade.