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Audiência pública no Senado debate impactos da regulação europeia no agronegócio brasileiro

Regulamento europeu gera preocupação para pequenos produtores brasileiros

A partir de dezembro de 2025, entra em vigor na União Europeia uma lei que proíbe a importação de produtos como soja, carne bovina, madeira, cacau, óleo de palma e borracha provenientes de áreas desmatadas, independentemente de o desmatamento ser considerado legal no país de origem. A medida, voltada para o combate ao desmatamento global e a promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, tem gerado preocupação no Brasil, principalmente entre os pequenos produtores, que enfrentam desafios para atender às exigências de rastreabilidade e certificação ambiental impostas pelo regulamento europeu.

Para debater os impactos dessa nova regulamentação, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal realizou, nesta quarta-feira (4), audiência pública proposta pelo senador Alan Rick (União-AC) e presidida pela senadora Tereza Cristina (PP-MS). O encontro reuniu representantes do governo, do setor produtivo e especialistas, que destacaram os desafios enfrentados pelo agronegócio brasileiro, especialmente pelos pequenos produtores.

O senador Alan Rick reforçou a necessidade de fortalecer a narrativa positiva do Brasil no cenário internacional. “Somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo e líderes na preservação ambiental. É fundamental que consolidemos nossa posição de protagonismo e promovamos nossa agricultura sustentável”, declarou.

A senadora Tereza Cristina destacou a importância de reconhecer os avanços do agronegócio brasileiro na produção sustentável e na preservação ambiental. “O Brasil é líder em agricultura tropical sustentável, mas frequentemente enfrenta barreiras injustas no mercado internacional. Precisamos reforçar o valor da preservação ambiental que já praticamos e buscar soluções que ofereçam suporte, especialmente aos pequenos produtores”, afirmou.

O regulamento da União Europeia, aprovado em 2023, exige que as empresas europeias comprovem a origem sustentável dos produtos agrícolas importados. Apesar de sua implementação estar prevista para 2025, as regras já pressionam o setor produtivo brasileiro. De acordo com Fernando Meirelles Pimentel, diretor do Departamento de Política Comercial do Itamaraty, as exigências tecnológicas e logísticas são um grande obstáculo, especialmente para o pequeno produtor. “Os pequenos produtores têm poucas condições de cumprir metas como a produção de imagens de satélite detalhadas de suas terras. Há uma distância enorme entre a realidade e os custos dessas demandas”, afirmou.

Clecivaldo de Sousa Ribeiro, diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas do Ministério da Agricultura (Mapa), destacou que, além de responder às novas exigências socioambientais da União Europeia, o Brasil precisa fortalecer sua posição em outros mercados. “Sempre atendemos às exigências sanitárias globais, mas agora a questão socioambiental se torna central. É preciso mostrar como estamos produzindo para ampliar nossa competitividade”, afirmou.

Ao final do encontro, os participantes concordaram que o diálogo sobre os impactos da regulação europeia precisa continuar. Para a senadora Tereza Cristina, a adaptação do agronegócio às novas exigências deve ser acompanhada por políticas que garantam a competitividade do setor. “O Brasil tem condições de atender às demandas internacionais sem comprometer sua posição no mercado global. Mas, para isso, é preciso ampliar o entendimento e a valorização de nossa agricultura sustentável”, concluiu.

 

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Carta entregue ao relator do PL 658/21 mostra que não há racha entre produtores e indústria

Um expressivo contingente formado por 56 entidades representativas da agropecuária e da agroindústria fez chegar às mãos do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR) na última semana uma Carta pedindo urgência na aprovação do Projeto de Lei 658/2021 que regulamenta os Bioinsumos. O deputado é o relator da proposta que tramita na Câmara dos Deputados. A única entidade que não assinou o texto foi a CropLife Brasil, representante da grande indústria de pesticidas químicos.

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CNA debate renegociação de dívidas rurais

Comissão Nacional de Empreendedores Familiares Rurais discutiu legislação que traz novos prazos e descontos para produtores

A Comissão Nacional de Empreendedores Familiares Rurais da CNA discutiu, na terça (12), a renegociação de dívidas dos produtores rurais com recursos dos fundos constitucionais

O colegiado abordou a Lei n.º 14995, de 10 de outubro de 2024, que altera as leis 13340/2016 e 14166/2021, que tratam da renegociação de dívidas de crédito rural e disponibiliza novos prazos e descontos para quitação ou parcelamento de débitos.

Durante a reunião, a comissão ouviu representantes dos Bancos do Nordeste e da Amazônia, que explicaram algumas dessas mudanças.

Leonardo da Hora, do Banco do Nordeste, disse que a Lei 14166/2021 traz novos enquadramentos e condições para quem pegou empréstimos com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), com desconto de até 90% em cima do valor original da dívida atualizado, para liquidação; e prazo de 10 anos para pagamento, no caso de parcelamento.

Segundo o Gerente Geral do Ambiente de Recuperação de Crédito do BNB, com essas medidas, os bancos poderão trabalhar nos próximos três anos, a partir da regulamentação da lei, para que os produtores enquadráveis possam renegociar as dívidas e voltar a ter acesso ao crédito.

A Lei n.º 14995/2024 ainda precisa ser regulamentada. Os bancos aguardam decreto federal para iniciar as ações junto aos produtores.

Diego Santos Lima, Executivo de Gestão e Cobrança do Banco da Amazônia, destacou a importância da mobilização dos produtores para acessarem os programas de renegociação das instituições financeiras e pediu apoio das federações de agricultura estaduais e sindicatos rurais para realizar esse trabalho.

Os representantes destacaram que tanto no caso do FNE, quanto do FNO, a grande maioria dos beneficiários são os produtores de menor porte.

A comissão também discutiu como as alterações climáticas, questões mercadológicas e a falta de assistência técnica contribuem para o inadimplemento dos agricultores familiares, devido às perdas na produção, o que os impede de manter os pagamentos em dia.

 

“É necessário trabalhar com ações e projetos para diminuir a inadimplência dos produtores com os bancos”, destacou o presidente da comissão, Geovando Vieira.

Sobre o tema, a assessora técnica do Núcleo Econômico da CNA, Isabel Mendes, disse que a CNA tem buscado fazer o levantamento do passivo financeiro do setor com as instituições financeiras para trabalhar na prevenção do inadimplemento no setor rural.

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Soja tem início de semana positivo, testando boas altas na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira

Mercado ainda digerindo USDA altista, mas de olho no financeiro, clima no BR e China

Altas nos preços da soja para começar a semana na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (11), por volta de 6h (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa subiam de 7,50 a 8,50 pontos nos contratos mais negociados, com o janeiro sendo cotado a US$ 10,38 e o maio a US$ 10,64 por bushel. 

Além dos futuros do grão, sobem ainda os preços do farelo - mais de 1,5% - ajudando no suporte à CBOT nesta segunda. O óleo também trabalhava do lado positivo da tabela, porém, com tímidos ganhos entre as principais posições, estando ainda em um quadro fundamental bastante positivo. 

O mercado parece ainda digerir os últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última sexta-feira (8) em um relatório altista para a soja, no entanto, ainda dividindo suas atenções com o mercado financeiro e com fundamentos já conhecidos. 

"Analisando o mercado de Soja pelo seu lado fundamental a médio e longo prazo, os preços em CBOT são baixistas, quando se olha a oferta mundial e a demanda", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "A China, embora tenha estado no mercado nos últimos 30 dias, não deixa de praticar o seu lado racional e sazonal, e tem comprado soja americana para embarque entre 15 de outubro e janeiro, aproveitando o período de colheita, onde os prêmios estão literalmente mais baixos que os brasileiros", complementa.

 

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Preços da soja voltam a subir em Chicago nesta 5ª feira, após volatilidade e antes do USDA

Embora ainda de olho em Trump, mercado se ajusta para novo boletim de oferta e demanda

O mercado da soja volta a testar leves altas na Bolsa de Chicago na manhã desta quinta-feira (7). As cotações, perto de 6h10 (horário de Brasília), subiam entre 4,50 e 5,25 pontos nos contratos mais negociados, com o novembro de volta aos US 9,99 e o maio valendo US$ 10,34 por bushel. 

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Diálogos sobre Bioinsumos - Um debate sobre o PL 658/2021 e a Produção Sustentável de Alimentos

Entidades de produtores rurais e da indústria, parlamentares federais especialistas em produção sustentável se reunirão nesta quarta-feira (06/11/2024) na sede da Aprosoja Brasil, em Brasília, para discutir a importância da produção e uso de bioinsumos na produção agropecuária e o futuro da produção sustentável de alimentos.

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Com exportações aquecidas nos EUA, preços futuros da soja abrem a sessão desta 3ª feira com leves ganhos em Chicago

Mercado está aguardando o resultado da eleição presidencial dos EUA

Na manhã desta terça-feira (05), os vencimentos futuros da soja passaram a operar com altas quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 08,32 (horário de Brasília), os principais contratos trabalhavam com valorizações de 2,00 a 1,75 pontos. 

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