Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a safra 21/22 tem fortes indícios de ser um ciclo bastante remunerador para o produtor
A Bahia semeou área 15% maior de algodão na safra 2021/22, encerrando o plantio com 306.375 hectares, informou a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A entidade estima produção de 584,3 mil toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade de 1.907 quilos por hectare. O caroço de algodão, utilizado em alimentação animal, tem produção prevista em 741.077 toneladas, com produtividade estimada em 2.425,80 quilos por hectare.
O coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, observa que “as fortes chuvas sobre a região Oeste da Bahia não chegaram a prejudicar o plantio da safra 2021/2022”. A região Oeste tem a maior área plantada de algodão no estado, com 300.430 hectares, o equivalente a 98% do total. A região Sudoeste planta com 5.945 hectares (2%). O algodão plantado em regime de sequeiro é predominante na Bahia, com 255.361 hectares, contra apenas 51.014 hectares sob irrigação, o que significa, em termos percentuais, 83,35% e 16,65%, respectivamente.
Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a safra 2021/2022 tem – até agora – fortes indícios de ser um ciclo bastante remunerador para o produtor, caso as condições climáticas continuem favoráveis. “Os preços hoje são melhores do que no momento de decisão de plantio, no ano passado. O clima nos últimos dias tem favorecido o desenvolvimento da cultura e tivemos um dos mais baixos índices de bicudo registrados na entressafra. Já é hora de programar a próxima safra, em formar os custos para 2022/2023, adquirindo na melhor condição os fertilizantes e defensivos, que tiveram forte aumento de preço ante a safra anterior, e, também, buscando comercializar bem o algodão”, concluiu Bergamaschi.