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Brasil deve colher 284,3 milhões de toneladas na safra 21/22, diz Conab
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Brasil deve colher 284,3 milhões de toneladas na safra 21/22, diz Conab

A estimativa da área total a ser cultivada no país em 2021/22 é de 72,1 milhões de hectares, um crescimento de 4,5% sobre a safra anterior

A quarta estimativa da safra 2021/22, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (11), aponta para um crescimento na produção de grãos frente à temporada 2020/21.

De acordo com o levantamento, o Brasil deve produzir um volume total de 284,394 milhões de toneladas, um incremento de 12,5% ou 32 milhões de toneladas. O destaque ficou por conta da soja, com aumento de área semeada de 3,8%, e para a safra do trigo, que foi encerrada com recorde de produção. Com um crescimento de 3,8% na área e produção estimada de 140,5 milhões de toneladas, a soja mantém o país como o maior produtor mundial da oleaginosa.

“A liderança do Brasil na agricultura mostra os avanços conquistados na produção brasileira de grãos”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

“Além da versatilidade dos produtores, que estão cada vez mais estruturados a partir de informações de inteligência agrícola da Companhia, outros ganhos são resultado da organização e da parceria de instituições públicas e privadas para o desenvolvimento tecnológico da agropecuária nacional”, complementa.

Atualmente, a produção total de milho, considerando a primeira, segunda e terceira safras, está estimada em 112,9 milhões de toneladas.

No caso do trigo, a safra 2021 foi concluída e o volume total de produção é de 7,7 milhões de toneladas. O resultado final ficou acima do obtido na temporada passada, mesmo com as adversidades climáticas, com períodos prolongados de estiagem e a incidência de geadas registradas em parte do ciclo, que reduziram o potencial produtivo. No entanto, o bom incremento de área plantada, visualizado neste ano, favoreceu o desempenho da cultura.

Outras culturas também apresentaram bons números, como o algodão, que obteve crescimento de 12,5% na área a ser semeada, em um total de 1,5 milhão de hectares, e com a produção de pluma estimada em 2,7 milhões de toneladas.

Já o arroz teve redução de 0,7% na área a ser semeada devido ao cenário mercadológico e produção prevista de 11,38 milhões de toneladas.

O feijão primeira safra seguiu a tendência e teve redução de 2% na área a ser semeada e volume 988,4 mil toneladas, já a produção total de feijão no país, somando-se as três safras, está estimada em 3,08 milhões de toneladas.

Em dezembro, com a finalização da semeadura da maioria das culturas de primeira safra, a estimativa da área total a ser cultivada no país em 2021/22 é de 72,1 milhões de hectares, um crescimento de 4,5% sobre a safra anterior. Nesse contexto, estão incluídas as culturas de segunda safra, com os plantios entre janeiro e abril, e as culturas de terceira safra, entre abril e junho.
Para o cálculo das estimativas de produção das culturas de segunda e terceira safras do ciclo 2021/22.

 

Clima

Com relação ao clima, o mês de dezembro fechou o ano de 2021 com grandes volumes de chuva, chegando a ultrapassar a média em diversas regiões do Brasil. “No norte de Minas Gerais e no sul da Bahia, onde esse quadro foi mais extenso, o total de chuvas foi o maior das séries históricas de dezembro, especialmente nas localidades de Lençóis, Ilhéus e Caravelas”, ressalta o
gerente de Acompanhamento de Safras, Rafael Fogaça.

“No Centro-Oeste, as condições atmosféricas foram favoráveis, mas no Sul, a chuva registrada não foi suficiente para atingir a média em grande parte da região, o que prejudicou a produção no estado”, complementa.

 

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