Até setembro deste ano, o estado produziu 767,2 mil toneladas de carne suína, recorde do período desde o início da série histórica
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta um crescimento de 4% na produção de suínos do brasil em 2022, na comparação com este ano, superando assim, 4 milhões e 800 mil toneladas produzidas.
E o estado do Paraná se destaca entre os três maiores produtores de carne suína, com expansão na produção e quebrando recordes ano após ano.
Em 2021, o Paraná já produziu 20,5% da carne suína brasileira. O estado ocupa a segunda posição de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O líder é Santa Catarina, responsável por 28,5% da produção. E o terceiro maior produtor é o Rio Grande do Sul, com 17,5%.
Os dados mais recentes e específicos do Paraná são da pesquisa trimestral de abate de animais apurados pelo IBGE. Até setembro deste ano, o Paraná produziu 767,2 mil toneladas de carne suína. O indicador também aponta desempenho recorde de período desde o início da pesquisa, em 1997.
Foi a maior produção da história entre julho e setembro de 2021. O Paraná teve alta de 9,2% comparado com o mesmo trimestre de 2020. Agora, com o status de rebanho bovino livre da febre aftosa, os efeitos positivos na valorização da carne suína começam a ganhar força.
“Vamos conseguir acessar mercados que não tínhamos acesso por causa do status sanitária. A partir de agora, a gente consegue alcançá-los, o que significa dizer que a produção dessa atividade, dessa pecuária, tende aumentar, e consequentemente, os produtores que estão diretamente ligados a eles terão uma rentabilidade considerável e mais constante”, afirma Salatiel Turra, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral).
O diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek, pontuou alguns países que representam estes novos mercados e lembra da importância que o status sanitário tem como credenciamento.
“O status sanitário, por si só, não abre mercados. Ele credencia. Porque se você não tem condições de se credenciar para o mercado, você nunca vai exportar. Então o primeira degrau que é o credenciamento aconteceu. Agora, a realização de negócio vai depender de outros fatores, como competência, custos, bloqueios aduaneiros, uma série de outras coisas. Aí depende também de acordo bilaterais com os países”, diz Zydek.
Segundo a ABPA, o volume de exportações da carne suína brasileira cresceu 11,3% entre janeiro e novembro, comparado com o mesmo período do ano passado. Saltou de 941 mil toneladas para mais de 1 milhão de toneladas. Já a receita aumentou 17,8%, passou de pouco mais de US$ 2 bilhões para US$ 2,450 bilhões.