O mercado da soja começa uma nova semana registrando boas altas na Bolsa de Chicago. Os futuros da commodity subiam de 15,75 a 18,25 pontos nos principais vencimentos, por volta de 7h50 (horário de Brasília), levando o março a US$ 15,27 e o maio a US$ 15,22 por bushel. Nos derivados, altas de mais de 1,4% tanto para o óleo, quanto para o farelo de soja nesta segunda-feira (30).
Segundo analistas e consultores, a combinação de um clima ainda ruim para a América do Sul - em especial a Argentina - e a volta da China do feriado do Ano Novo Lunar dão espaço para os ganhos nesta primeira sessão.
"As previsões de hoje lançadas pelos modelos climáticos para os próximos 10 dias, apresentam clima predominantemente seco para Argentina e grande parte do Sul do Brasil", afirma Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro. "A China retorna do seu longo feriado de Ano Novo, e é possível que novos anúncios de vendas para os chineses, devam ser anunciados durante a semana".
No entanto, Sousa destaca ainda o tamanho da nova safra brasileira prestes a chegar ao mercado e podendo pressionar as cotações. Os problemas sentidos no sul deverão ser compensados com melhores produtividades em outras regiões importantes, resultando em uma colheita recorde no país.
"No momento o clima seco para Argentina e o RS, tem dado um certo suporte aos preços devido a sazonalidade, com pouca oferta ainda no Brasil e também nos USA. A medida que a colheita avançar e a oferta disponível aumentar, os preços devem ceder", diz.
Números reportados pela Pátria Agronegócios na última sexta-feira (27) apontavam para pouco mais de 5% da área colhida no Brasil, ainda atrasada em relação ao ano passado e à média dos últimos cinco anos.